Grupo
Costurando Histórias reestreia ‘Fala, bicho!’
Espetáculo
que fez grande sucesso na primeira temporada volta ao Teatro do Jockey, de 7 a
29 de julho. Três tapetes de histórias dão vida a bichos que defendem sua
preservação e cantam suas belezas.
O
curioso mundo animal é o tema do espetáculo ‘Fala, bicho!’, do Grupo Costurando
Histórias, que estreia sua segunda temporada no Teatro do Jockey, no Rio de
Janeiro, de 7 a 29 de julho, sábados e domingos, às 16h. A literatura infantil
contada através de tapetes de retalhos de tecidos, em terceira dimensão, tem no
elenco Daniela Fossaluza, Patrícia Garcia, Felipe Chaves e Cezar Augusto
Pereira.
O
espetáculo ‘Fala, bicho!’ reúne três lúdicos tapetes de histórias que
transportam as crianças para o universo de onças, galos, sapos, tartarugas,
gaviões, araras e tatus, entre outros. Os animais convidam os pequenos para um
passeio que começa no brejo com ‘A Ciranda do Sapo Boi’, de Fabio Sombra,
musicada pelo próprio autor com o violeiro Sergio Penna; passa pela cidade, com
‘Galo, galo, não me calo’, de Silvia Orthof, musicada pelo cantor e compositor
Rubens Kurin e termina no coração da floresta, mostrada na história ‘A unidade
sagrada da vida’, de Leonardo Boff.
Nas
histórias, os bichos defendem a natureza. Os temas vão desde o conturbado
convívio de animais, árvores, pessoas e buzinas de automóveis nas cidades até a
reverência à grandiosidade da fauna brasileira. Com muita
alegria e poesia, a viagem é conduzida pelos artistas à reflexão e à empatia
com a bicharada.
—
A diversidade e as maravilhas das espécies animais provocam o público infantil
de forma muito peculiar, despertando o interesse e a interação dos
espectadores. ‘Fala, Bicho!’ utiliza o contexto lúdico para conduzir as
crianças pelos mistérios e fascínios do reino animal – explica Daniela
Fossaluza.
Após
o espetáculo, as crianças podem manipular livremente os tapetes e brincar com
os personagens de pano, reproduzindo com criatividade as histórias. Canções e
sons divertidos completam o universo do ‘Fala, bicho!’, através da viola
caipira e dos cacarejos, coaxos, pios e buzinas. O Grupo Costurando
Histórias encanta o público infantil com cenários interativos, repletos de
texturas, criados pelas artesãs Daniela Fossaluza e Denise Goneve. O encantamento
das crianças também fica por conta dos arranjos e criações musicais do
engenheiro Felipe Chaves e do professor Cezar Augusto Pereira, que também são
músicos.
Os
tapetes de retalhos do Costurando Histórias contam fábulas, lendas, parlendas e
contos populares. Os universos das histórias se abrem convidando a diferentes
formas de olhar das crianças, com idades de 1 a 10 anos. Os adultos também se
envolvem com as saborosas narrativas que seduzem, instigam e acalentam.
SERVIÇO – INFANTIL
O
espetáculo reúne três lúdicos tapetes de histórias que transportam as crianças
para o universo de onças, galos, sapos, tartarugas, gaviões, araras e tatus,
entre outros. Os animais convidam os pequenos para um passeio que começa no
brejo com ‘A Ciranda do Sapo Boi’, de Fabio Sombra, musicada pelo próprio autor
com o violeiro Sergio Penna; passa pela cidade, com ‘Galo, galo, não me calo’,
de Silvia Orthof, musicada pelo cantor e compositor Rubens Kurin e termina no
coração da floresta, mostrada na história ‘A unidade sagrada da vida’, de
Leonardo Boff. Nas histórias, os bichos defendem a natureza.
‘FALA,
BICHO!’
Grupo
Costurando Histórias
7
a 29 de julho de 2012
Centro
de Referência Cultura Infantil - Teatro do Jockey (150 lugares)
Rua
Bartolomeu Mitre, 1110 – Gávea – Tel. 3114-1286
Sábado e domingo, às 16h
R$
20,00 (inteira) e R$ 10,00 (meia)
Bilheteria:
a partir das 15h (sáb. e dom.)
Estacionamento
na Rua Mário Ribeiro, 410 – Leblon
Panos e histórias
Inspirado no modelo francês, “Raconte-Tapis”,
criado por Clotilde Hammam no início década de 1980, o Costurando Histórias
tem 11 anos e reúne pesquisa literária, produção de espetáculos, confecção de
tapetes, contação de histórias e oficinas para educadores. A linguagem dos
tapetes agrega vitalidade à produção literária nacional, à forte tradição oral,
à produção de lendas e contos, às técnicas regionais de costura e artesanato e
à musicalidade. O grupo introduziu a música na narração dos tapetes, uma
inédita contribuição a essa preciosa arte.
As histórias abordam temas relevantes e
atuais — cultura brasileira, lugares, olhares antigos, perspectivas modernas,
bichos e personagens de todo o mundo, recriados nos cenários tridimensionais de
tecido, numa mistura rica e inovadora. O maior desafio do grupo foi transpor o
universo literário de Guimarães Rosa para os retalhos do tapete “Pequeno Sertão
Veredas”, com uma linguagem especialmente dedicada às crianças. O respeito ao
meio ambiente, o reconhecimento de valores humanos e sociais, o despertar da criatividade
e da consciência e, principalmente, a integração acompanham cada encontro com o
público infantil.
O tapete de história ajuda as crianças a se
familiarizarem com o livro. É um meio lúdico, estético, afetuoso e tátil, que
facilita essa aproximação e faz com que elas descubram o prazer da leitura.
Depois de ouvir as narrações, através da manipulação dos personagens, elas
podem reviver e recriar os enredos, traçar tramas, “entrar” nos cenários,
dramatizar contextos e personagens e ainda compartilhar risos e novas sensações
com os amigos.
Pais e professores indicam histórias que
são acolhidas e desenvolvidas no ateliê do grupo. As crianças também enviam
livros e fazem sugestões. Atendendo ao pedido dos pequenos, o Costurando
Histórias pesquisou e criou 10 tapetes com histórias de monstros, bruxas e
outros personagens que provocam medo. Entre eles estão “A dança das caveiras”,
brincadeira popular que acontece em um cemitério, e “Monstros à brasileira”,
baseado em personagens de lendas.
Cada tapete de história é um espaço
organizado, uma porção do mundo em miniatura que contém a promessa de uma
história a ser descoberta no livro que o acompanha. Os 50 tapetes que fazem
parte do acervo do Costurando Histórias são inspirados em diferentes livros e
autores, entre os quais estão Ruth Rocha, Leonardo Boff, Guimarães Rosa e Fábio
Sombra.
O belo trabalho do Costurando Histórias
inspirou o livro “As Dez Filhas do Seu João”, de Fabio Sombra, recém lançado
pela Abacatte Editoral. O grupo ilustrou os personagens e as passagens do
conto com seus retalhos e costuras. O próximo passo será transformar o livro em
um vídeo de animação.
As linhas de pesquisa que orientam a
produção do grupo são: histórias que provocam medo (contos, cantigas e
brincadeiras), histórias dos nossos índios (mitos e lendas), contos populares
brasileiros (lendas e causos recontados), retalhos de grandes autores
(Guimarães Rosa, Ruth Rocha, Cecília Meirelles e outros), fábulas, mitos e
contos maravilhosos (Europa, África e Ásia) e histórias contemporâneas apoiadas
nos livros de imagens.
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