segunda-feira, 9 de julho de 2012

BAND RIO apoia novamente o projeto educativo COSTURANDO HISTÓRIAS



Grupo Costurando Histórias reestreia ‘Fala, bicho!’

Espetáculo que fez grande sucesso na primeira temporada volta ao Teatro do Jockey, de 7 a 29 de julho. Três tapetes de histórias dão vida a bichos que defendem sua preservação e cantam suas belezas.

O curioso mundo animal é o tema do espetáculo ‘Fala, bicho!’, do Grupo Costurando Histórias, que estreia sua segunda temporada no Teatro do Jockey, no Rio de Janeiro, de 7 a 29 de julho, sábados e domingos, às 16h. A literatura infantil contada através de tapetes de retalhos de tecidos, em terceira dimensão, tem no elenco Daniela Fossaluza, Patrícia Garcia, Felipe Chaves e Cezar Augusto Pereira.

O espetáculo ‘Fala, bicho!’ reúne três lúdicos tapetes de histórias que transportam as crianças para o universo de onças, galos, sapos, tartarugas, gaviões, araras e tatus, entre outros. Os animais convidam os pequenos para um passeio que começa no brejo com ‘A Ciranda do Sapo Boi’, de Fabio Sombra, musicada pelo próprio autor com o violeiro Sergio Penna; passa pela cidade, com ‘Galo, galo, não me calo’, de Silvia Orthof, musicada pelo cantor e compositor Rubens Kurin e termina no coração da floresta, mostrada na história ‘A unidade sagrada da vida’, de Leonardo Boff.

Nas histórias, os bichos defendem a natureza. Os temas vão desde o conturbado convívio de animais, árvores, pessoas e buzinas de automóveis nas cidades até a reverência à grandiosidade da fauna brasileira. Com muita alegria e poesia, a viagem é conduzida pelos artistas à reflexão e à empatia com a bicharada.

 — A diversidade e as maravilhas das espécies animais provocam o público infantil de forma muito peculiar, despertando o interesse e a interação dos espectadores. ‘Fala, Bicho!’ utiliza o contexto lúdico para conduzir as crianças pelos mistérios e fascínios do reino animal – explica Daniela Fossaluza.

Após o espetáculo, as crianças podem manipular livremente os tapetes e brincar com os personagens de pano, reproduzindo com criatividade as histórias. Canções e sons divertidos completam o universo do ‘Fala, bicho!’, através da viola caipira e dos cacarejos, coaxos,  pios e buzinas. O Grupo Costurando Histórias encanta o público infantil com cenários interativos, repletos de texturas, criados pelas artesãs Daniela Fossaluza e Denise Goneve.  O encantamento das crianças também fica por conta dos arranjos e criações musicais do engenheiro Felipe Chaves e do professor Cezar Augusto Pereira, que também são músicos.

Os tapetes de retalhos do Costurando Histórias contam fábulas, lendas, parlendas e contos populares. Os universos das histórias se abrem convidando a diferentes formas de olhar das crianças, com idades de 1 a 10 anos. Os adultos também se envolvem com as saborosas narrativas que seduzem, instigam e acalentam.


SERVIÇO – INFANTIL
O espetáculo reúne três lúdicos tapetes de histórias que transportam as crianças para o universo de onças, galos, sapos, tartarugas, gaviões, araras e tatus, entre outros. Os animais convidam os pequenos para um passeio que começa no brejo com ‘A Ciranda do Sapo Boi’, de Fabio Sombra, musicada pelo próprio autor com o violeiro Sergio Penna; passa pela cidade, com ‘Galo, galo, não me calo’, de Silvia Orthof, musicada pelo cantor e compositor Rubens Kurin e termina no coração da floresta, mostrada na história ‘A unidade sagrada da vida’, de Leonardo Boff. Nas histórias, os bichos defendem a natureza.

‘FALA, BICHO!’
Grupo Costurando Histórias
7 a 29 de julho de 2012
Centro de Referência Cultura Infantil - Teatro do Jockey (150 lugares)
Rua Bartolomeu Mitre, 1110 – Gávea – Tel. 3114-1286
Sábado e domingo, às 16h
R$ 20,00 (inteira) e R$ 10,00 (meia)
Bilheteria: a partir das 15h (sáb. e dom.)
Estacionamento na Rua Mário Ribeiro, 410 – Leblon

Panos e histórias

Inspirado no modelo francês, “Raconte-Tapis”, criado por Clotilde Hammam no início década de 1980, o Costurando Histórias tem 11 anos e reúne pesquisa literária, produção de espetáculos, confecção de tapetes, contação de histórias e oficinas para educadores. A linguagem dos tapetes agrega vitalidade à produção literária nacional, à forte tradição oral, à produção de lendas e contos, às técnicas regionais de costura e artesanato e à musicalidade. O grupo introduziu a música na narração dos tapetes, uma inédita contribuição a essa preciosa arte.

As histórias abordam temas relevantes e atuais — cultura brasileira, lugares, olhares antigos, perspectivas modernas, bichos e personagens de todo o mundo, recriados nos cenários tridimensionais de tecido, numa mistura rica e inovadora. O maior desafio do grupo foi transpor o universo literário de Guimarães Rosa para os retalhos do tapete “Pequeno Sertão Veredas”, com uma linguagem especialmente dedicada às crianças. O respeito ao meio ambiente, o reconhecimento de valores humanos e sociais, o despertar da criatividade e da consciência e, principalmente, a integração acompanham cada encontro com o público infantil.

O tapete de história ajuda as crianças a se familiarizarem com o livro. É um meio lúdico, estético, afetuoso e tátil, que facilita essa aproximação e faz com que elas descubram o prazer da leitura. Depois de ouvir as narrações, através da manipulação dos personagens, elas podem reviver e recriar os enredos, traçar tramas, “entrar” nos cenários, dramatizar contextos e personagens e ainda compartilhar risos e novas sensações com os amigos.

Pais e professores indicam histórias que são acolhidas e desenvolvidas no ateliê do grupo. As crianças também enviam livros e fazem sugestões. Atendendo ao pedido dos pequenos, o Costurando Histórias pesquisou e criou 10 tapetes com histórias de monstros, bruxas e outros personagens que provocam medo. Entre eles estão “A dança das caveiras”, brincadeira popular que acontece em um cemitério, e “Monstros à brasileira”, baseado em personagens de lendas.

Cada tapete de história é um espaço organizado, uma porção do mundo em miniatura que contém a promessa de uma história a ser descoberta no livro que o acompanha. Os 50 tapetes que fazem parte do acervo do Costurando Histórias são inspirados em diferentes livros e autores, entre os quais estão Ruth Rocha, Leonardo Boff, Guimarães Rosa e Fábio Sombra.

O belo trabalho do Costurando Histórias inspirou o livro “As Dez Filhas do Seu João”, de Fabio Sombra, recém lançado pela Abacatte Editoral.  O grupo ilustrou os personagens e as passagens do conto com seus retalhos e costuras. O próximo passo será transformar o livro em um vídeo de animação.

As linhas de pesquisa que orientam a produção do grupo são: histórias que provocam medo (contos, cantigas e brincadeiras), histórias dos nossos índios (mitos e lendas), contos populares brasileiros (lendas e causos recontados), retalhos de grandes autores (Guimarães Rosa, Ruth Rocha, Cecília Meirelles e outros), fábulas, mitos e contos maravilhosos (Europa, África e Ásia) e histórias contemporâneas apoiadas nos livros de imagens.

— Com a proposta de recontar, descobrir e redescobrir este Brasil tão íntimo e vasto, nossas histórias são pesquisadas para ganhar formas, cores e texturas nos tapetes, sugerindo uma geografia bem particular à narração dos contos. Através da manipulação do material, as crianças podem elaborar significados, conclui Daniela Fossaluza.

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